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Sobre a folha branca de papel
Tenho minhas horas renovadas,
Passadas a limpo sob um céu
Escolhido em azul ou trovoadas.
Eis aqui o meu mundo paralelo
Não menos real que minha prosa
Ao gerir o casarão como um castelo
Onde reino e sou toda poderosa.
Bah! Pois se é esse o meu destino,
Perdoem-me descrentes e aflitos,
Meus versos e o sangue com que assino.
Pois assim se na vida rio e choro,
Esta folha vai renovar-me os ritos:
Nova vida, riso, dor, que não deploro.
09/12/2006
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