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Minha mãe contratou preceptora
Para botar cabresto em sua guria
Que desembesta por aí c’uma pletora
De velhos deuses e numes à porfia,
Pelo prado, o lago e o vinhedo,
Pelo pomar e o poço mágico vetado,
Pelo bosque que guarda o meu segredo,
Pelas palhas do galpão abandonado.
“Senhorita, põe um freio nesta prenda
E ensina-lhe a conter os seus impulsos,
A comportar-se como o livro recomenda.”
“O resto, o francês e os algarismos
Podem vir se a prenderes pelos pulsos,
Contendo seu vulcão, sonhos e sismos.”
(sem data)
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